3 de dezembro de 2014

CHUVA DAS BROTAS




Chega de sono e terra seca. 

Chega de folhas caindo, de marrons, da paisagem monótona e quase abandonada. É hora de vermelhos, azuis, violetas e amarelos.

No jardim e na própria vida, a nova estação tudo permite.

 Comece olhando a sua volta. 

Não com o olhar de sempre, mas com aquele da primeira vez.

Aquele olhar que realmente vê, analisa, tira conclusões. 

E então confira se você viveu a plenitude da estação que termina se cuidou e aproveitou o encanto dos dias frios, ou se abandonou se escondeu de tudo.

Aproveite o milagre das Chuvas das Brotas. 

Aquela que vem mudando tudo, encharcando a terra, molhando as almas, despertando as cores adormecidas, anunciando que em breve tudo estará diferente.

Escolha então sua nova cor. 

E como toda pessoa prudente e de bom senso, mostre um pouco de ousadia.

Não fique presa ao que existe não se conforme com as coisas como são. Imagine, não só como elas poderiam ser, mas, principalmente como você gostaria que fossem.

Combinem no jardim e em você, com ciência e arte, todas as cores.

Recuse-se a ficar solitário. 

Misture a vermelha paixão, o azul raciocínio, à paz do branco com a inspiração do amarelo.
Recorra à experiência, retire as ervas daninhas, regue suas relações.

Mas, seja reservado. 

Quem diz que vai fazer quase sempre nada faz. 

Guarde seus segredos, esconda seus planos.

Deixe que seu jardim e seus atos falem por você, que revele a quem souber ver o que brota na sua alma.

Só assim esta primavera que começa será inesquecível e estará marcada mais uma nova estação em sua vida.


                                                                                                                      (Roberto Araújo)

APRENDI.



"Aprendi que se aprende errando

Que crescer não significa fazer aniversário

Que o silêncio às vezes é a melhor resposta

Que amigos conquistamos sendo verdadeiros


Que os verdadeiros amigos estão conosco até o fim

Que não se espera a felicidade chegar,mas se procura ela

Que quando penso saber tudo,ainda não aprendi nada

Que a natureza é uma das coisas mais perfeitas na vida

Que amar significa se dar por inteiro

Que apenas um dia pode ser mais importante do que muitos anos

Que se pode conversar com as estrelas

Que se pode confessar com a lua

Que se pode viajar além do infinito

Que sonhar é preciso e procurar realizar esses sonhos é ainda mais necessário

Que se deve ser criança a vida toda.

Que nosso ser é livre!

Que Deus não proíbe nada em nome do amor

Que o julgamento alheio, não é importante

Que o que realmente importa é a paz interior".


6 de novembro de 2014



"Não desanime nunca.
Muitas vezes é a ultima chave do molho a que abre a fechadura"

Autor Desconhecido

15 de setembro de 2014

FELICIDADE PODE SER QUALQUER COISA










"Se você quer ser feliz, tente
Felicidade pode ser só ilusão
Mas o coração não mente

Felicidade pode ser qualquer coisa
Uma cachaça, um beijo, um orgasmo
Um futebol na tarde de domingo
Uma canção de Roberto e Erasmo

Vida eterna, vida eterna
É a vida dos sonhos
Deus é o tempo
Sonhar é a salvação

O sonho de Leno morreu
O meu não

O sonho de Leno morreu
O meu não
O sonho de leno morreu..."

Zeca Baleiro

10 de setembro de 2014



 “Compreendi que viver é ser livre”… 

Que ter amigos é necessário… Que lutar é manter-se vivo… Que pra ser feliz basta querer…


Aprendi que o tempo cura…

Que magoa passa…

Que decepção não mata…

Que hoje é reflexo de ontem…

Compreendi que podemos chorar sem derramar lagrimas…
 
Que os verdadeiros amigos permanecem… 

Que dor fortalece… Que vencer engrandece… Aprendi que sonhar não é fantasiar… 

Que pra sorrir tem que fazer alguém sorrir…

Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos…

Que o valor está na força da conquista…
 
Compreendi que as palavras tem força…
 
Que fazer é melhor que falar…


Que o olhar não mente…

Que viver é aprender com os erros…


Aprendi que tudo depende da vontade…

Que o melhor é ser nós mesmos… 

Que o SEGREDO da vida é VIVER! 

“E umas das coisas que aprendi é que se deve viver "apesar de." 

Apesar de, se deve comer. 

Apesar de, se deve amar. 


Apesar de, se deve morrer. 

Apesar de, se deve rezar.

Inclusive muitas vezes é o próprio “apesar”  que nos empurra para frente. 

Foi o” apesar de” que me deu uma angústia, que insatisfeita foi criadora de minha própria vida.”

Clarice Lispector



21 de agosto de 2014

DRA. ELIZABETH SMIALOWSKI



                                                                       
Foto da web

Dedicado á Dra. Elizabeth Smialowski



O Que Acontece No Meio

"Vida é o que existe entre o nascimento e a morte. 

O que acontece no meio é o que importa.

No meio, a gente descobre que sexo sem amor também vale a pena, mas é ginástica, não tem transcendência nenhuma.

Que tudo o que faz você voltar pra casa de mãos abanando (sem uma emoção, um conhecimento, uma surpresa, uma paz, uma ideia) foi perda de tempo.

Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade para o fim pode ser ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início.

Que o pensamento é uma aventura sem igual.

Que é preciso abrir a nossa caixa preta de vez em quando, apesar do medo do que vamos encontrar lá dentro.

Que maduro é aquele que mata no peito as vertigens e os espantos.

No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato.

Que amar é lapidação, e não destruição.

Que certos riscos compensam – o difícil é saber previamente quais.

Que subir na vida é algo para se fazer sem pressa.

Que é preciso dar uma colher de chá para o acaso.

Que tudo que é muito rápido pode ser bem frustrante.

Que Veneza, Mykonos, Bali e Patagônia são lugares excitantes, mas que incrível mesmo é se sentir feliz dentro da própria casa.

Que a vontade é quase sempre mais forte que a razão. 

Quase? 

Ora, é sempre mais forte.

No meio, a gente descobre que reconhecer um problema é o primeiro passo para resolvê-lo.

Que é muito narcisista ficar se consumindo consigo próprio.

Que todas as escolhas geram dúvida, todas.

Que depois de lutar pelo direito de ser diferente, chega a bendita hora de se permitir a indiferença.

Que adultos se divertem mais do que os adolescentes.

Que uma perda, qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.

No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos.

Que passar pela vida à toa é um desperdício imperdoável.

Que as mesmas coisas que nos exibem também nos escondem (escrever, por exemplo).

Que tocar na dor do outro exige delicadeza.

Que ser feliz pode ser uma decisão, não apenas uma contingência.

Que não é preciso se estressar tanto em busca do orgasmo, há outras coisas que também levam ao clímax: um poema, um gol, um show, um beijo.

No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário.   

Que é mais produtivo agir do que reagir.   

Que a vida não oferece opção: ou você segue, ou você segue.   

Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é se comparando com os demais.   

Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade.   

E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma vida toda, esse meio todo.

   "(Martha Medeiros)    



16 de julho de 2014

COM LICENÇA...POSSO ERRAR?


Foto de Doc

Com licença, posso errar? 

Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”.

Foi num hotel, aonde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros.

A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel.

Opção? Maneira de dizer. 

Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”.

Mas fui em frente. 

Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... 

Surpresa!

Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir.

Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: 

Certa pra quem? Ou: certa por quê?

2-O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa?

Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos.

Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado.

Ele foi “certo” até colocar a aliança.

O que faz surgir outra pergunta: certo até quando?

Porque o certo de hoje, pode se transformar no equívoco monumental de amanhã.

Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.

E as roupas?

3-Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado?

As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição.

Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada.

Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.

4-Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu:

 “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça.

O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”.

Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom.

O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar.

Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.

O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta:

 “Como assim?! Você não dirige?!”.

Com toda a calma, ele responde:

 “Não, eu não dirijo. 

Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”.

Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos.

Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras:

 “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”.

O certo ou o “certo” pode até ser bom.

Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.”

Leila Ferreira, jornalista, apresentadora de TV e autora do livro Mulheres – Por que será que elas... (Editora Globo)


2 de julho de 2014

VINTE ANOS








Quando temos vinte anos somos tão sonhadores!

E quando chegamos aos sessenta, podemos continuar sendo sonhadores.

Assim sou eu. 

Piorei!

Lembro-me bem das cores e sonhos da minha juventude.

Mas agora, meus sonhos são maiores, mais profundos e mais maduros.

Penso frequentemente no futuro: 


Será que vou ser mais sonhadora ainda?

Certamente, sim.

A diferença que vejo nos meus sonhos antigos e atuais, é que são sempre acompanhados de atitudes.

Penso que isto é fundamental.

Sonhar e não agir, é coisa para bobos.

30 de junho de 2014

QUANDO SEU TRABALHO É INSPIRAÇÃO E CRIATIVIDADE





Bem, eu ando muito distraída. 

E incompetente também. 

Tantos planos e projetos embaralhando minha cabeça.

Mas... Adiando tudinho.

Já ouvi muitos conselhos!

Mas entraram por um ouvido e saíram por outro.

Acho que todos têm estas fases.

A fase da "não realização de nada".

Isto passa.

Eu vivo escrevendo:

PRECISO ESCREVER!
E não escrevo.

Travadíssima!

Claro que sempre trabalhei com pessoas, e considero que toda a minha vida foi centrada em ensinar.

Conheço a vida, reconheço pessoas, na sua maior intimidade interior.

Gosto de presenças.

Agora também, das presenças virtuais.
Procuro modificar realidades.

Esta é a minha vida.

Portanto, quando virem meus inúmeros posts no Blog, as fotos os vídeos... compreendam porque estou aqui.

Para acrescentar.

Mas de maneira diferente. 
Ah! Mas já me disseram:

-A diversidade é boa.

Estimula outras pessoas.

Desperta novos olhares.

Abre novas possibilidades.
Então, por isto estou aqui.

Não consigo ver a vida, sem que eu possa contribuir, um pouco que seja para melhorar a vida do outro.

19 de maio de 2014

RENASCIMENTO



                                                                   

 Foto de Zazá Lee

VIVEMOS EM DOIS MUNDOS


Foto de Zazá Lee



Descobri por estes dias que não precisamos de voz, para viver. 

Basta um teclado, conexão (claro) e um computador. 

E então, a comunicação acontece. 

Claro que a comunicação "olho no olho" é muito bom, estimulante, causa emoção por tudo quanto é lado. 

O abraço gostoso, as mãos apertadas, ouvir a risada de algo engraçado, o choro de quem está decepcionado e por aí vai. 

Isto que me preocupa na internet. 

Eu e a maioria, neste mundo de Deus, fazemos esta comunicação ser rápida, eficiente, eficaz. 

Quando nos damos conta: 

Onde estão nossos amigos? 

Na nuvem digital? 

Como vivem? 

Ah! 

O medo da exposição na Rede! 

Os perigos da internet! 

Crimes virtuais, spam, vírus e mais um montão de coisas assustadoras...

 E acho até, que não se coloca foto no perfil, por puro medo desta praga. 

E aí? 

Onde está nossa voz? 

No mundo virtual está nas palavras e nas imagens. 

No mundo presencial, está ali na esquina, em um barzinho, meio tosco, tomando café em uma xícara de louça barata. 

Ou uma cerveja... Em copo de requeijão. 

E haja conversa! 

Há quanto tempo eu conheço a risada do seu João, sempre com o avental engordurado? 

Vivemos em dois mundos.




26 de março de 2014

AVE MARIA!






Foto de Zazá Lee

Eu particularmente, uso esta expressão a todo o momento.

Não pergunte por quê! 

Costume, eu acho...

Mas, especialmente hoje eu peço:

Planeta TERRA! 

Pare.

Eu quero descer!

Humanos!

Parem por um instante. Respirem!

Todas as minhas tentativas de falar com alguém hoje (muitas pessoas) foi frustrante.

TODO MUNDO em reunião.

O mundo inteiro em REUNIÃO!

E amanhã começa tudo de novo!

Reunião. Reunião. Reunião.

E nada se resolve.